Colocação de implantes totalmente guiada: reabilitação total com carga imediata

Resumo

A técnica digital tem expandido de forma a desenvolver opções para a personalização de tratamentos reconstrutivos na área de reabilitação oral.

A cirurgia guiada por computador para colocação de implantes foi desenvolvida para ultrapassar limitações relacionadas com a abordagem convencional e melhorar a precisão da colocação de implantes através de uma abordagem cirúrgica menos invasiva. Desta forma, torna-se possível a combinação entre a avaliação e análise radiográfica, protética, cirúrgica e laboratorial, numa plataforma virtual comum.

Neste caso clínico, são descritos os procedimentos utilizados para a reabilitação imediata de ambas as arcadas num paciente desdentado total, com planeamento digital prévio e colocação de implantes através da utilização de guia cirúrgica.

Palavras-chave: implantes dentários, cirurgia totalmente guiada; guia cirúrgica, carga imediata.

Introdução

Existem várias abordagens para a reabilitação de pacientes edêntulos, sendo uma das opções a reabilitação através de prótese implanto-suportada (Abbo, 2009).

Antigamente, a carga dos implantes era realizada entre 3 a 4 meses na mandíbula e 6 a 8 meses na maxila, de forma a possibilitar a osteointegração dos implantes (Brånemark e cols, 1977; Allum, 2008). No entanto, atualmente, o conceito de carga imediata tem demonstrado resultados similares em vários estudos, em condições clínicas ideais (Jokstad e Carr, 2007; Allum, 2008). O sucesso nos casos de colocação de implantes está dependente do controlo de micromovimentos que ocorrem na interface entre osso e implante durante a carga do implante que é possível através de uma estabilidade primária adequada, sendo recomendado um torque de inserção mínimo de 30 Ncm (Szmukler-Moncler e cols, 1998; Misch e cols, 2004; Allum, 2008; Papaspyridakos e cols, 2014). É descrito que a carga imediata apresenta os mesmos efeitos comparativamente à carga precoce e convencional, em relação à taxa de sobrevivência e de falha dos implantes e às complicações associadas, sendo descrita uma taxa de sobrevivência de 95% quer em carga imediata quer em carga convencional (Albrektsson e cols, 1988; Lekholm e cols, 1999; Ekelund e cols, 2003; Pjetursson e cols, 2004; Jemt e Johansson, 2006; Jung e cols, 2009; Romanos e cols, 2010; Hultin e cols, 2012; Papaspyridakos e cols, 2014).

A colocação de implantes tornou-se a opção ideal, representando uma modalidade de tratamento clinica e cientificamente válida, sendo que requer de um diagnóstico e de seleção do caso, visto que é necessário analisar a anatomia e topografia óssea e determinar a disponibilidade óssea para a colocação do implante (Abbo, 2009; Gallucci e cols, 2009; Papaspyridakos e cols, 2012; Papaspyridakos e cols, 2014).

A localização dos implantes é fundamental tendo em conta que o stress é biomecanicamente transferido para a estrutura, implantes e consequentemente ao osso (Brunski, 1992; Tashkandi e cols, 1996; Abbo, 2009). A utilização e análise de radiografias bidimensionais pode não permitir uma correta avaliação da forma e densidade ósseas (Abbo, 2009).

Atualmente, a cirurgia para colocação de implantes poderá incluir uma tecnologia guiada por computador que permite ao médico dentista avaliar a morfologia óssea através da análise tridimensional de uma tomografia computorizada, planeando com mais exatidão e com mais previsibilidade a colocação dos mesmos (Andersson e Swartz, 1988; Adrian e cols, 1992; Neidlinger e cols, 1993; Gher e Richardsonn, 1995; Jacobs e cols, 1999; Ku e Shen, 2000; Solow, 2001; Akca e cols, 2002; Shotwell e cols, 2005; Abbo, 2009; Jung e cols, 2009; Schneider e cols, 2009; D’haese e cols, 2012; Hultin e cols, 2012).

Após identificar a localização mais correta do implante, é possível planear, através do software, o seu tamanho, a sua posição e angulação com base no resultado protético final, sendo posteriormente desenhada e fabricada a guia cirúrgica que permite, no procedimento cirúrgico, colocar os implantes na posição correta (Azari e cols, 2008; Abbo, 2009).

Esta abordagem permite um procedimento cirúrgico minimamente invasivo tendo em conta que não necessita de abertura de retalho mucoperiósteo, tratando-se de uma técnica flapless. Desta forma, é possível devolver a função, estética e o conforto através da cirurgia sem retalho que apresenta numerosas vantagens tais como menos desconforto pós-operatório, um período de tempo cirúrgico inferior e um reduzido tempo de cicatrização (Rocci e cols, 2003; Rocci e cols, 2003; Azari e cols, 2008). Alguns autores defendem também que através de uma abordagem flapless é possível preservar o perfil dos tecidos moles, incluindo o contorno gengival dos dentes adjacentes e das papilas interdentárias (Tardieu e cols, 2003; Basten, 1995; Azari e cols, 2008).

No entanto algumas desvantagens apresentam-se associadas a este tipo de técnica tais como a dificuldade em avaliar o contorno do osso alveolar e a inclinação. Apesar disto, o desenvolvimento da tecnologia permitiu o aparecimento da implantologia guiada por computador, isto é, um método sofisticado em que as limitações anatómicas e a disponibilidade óssea podem ser avaliadas de forma mais precisa (Tardieu e cols, 2003; Azari e cols, 2008).

Segundo uma revisão sistemática realizada por Hultin e cols (2012), três estudos demonstraram uma redução estatisticamente significativa do desconforto pós-operatório imediato, da utilização de analgésicos, edema, hematoma, hemorragia e trismus quando aplicada uma abordagem guiada flapless (Fortin e cols, 2006; Nkenke e cols, 2007; Arisan e cols, 2010; Hultin e cols, 2012). Um estudo de Arisan e cols (2010) compara a técnica cirúrgica guiada flapless e a técnica cirúrgica guiada com abertura de retalho, sendo que a primeira apresentou resultados consistentemente melhores (Hultin e cols, 2012).

Desta forma, através da análise radiográfica da tomografia computorizada, do desenho assistido por computador (CAD) e da fabricação assistida por computador (CAM) é possível realizar o planeamento previamente ao procedimento cirúrgico tendo em conta todas as componentes fundamentais, cirúrgica, protética e laboratorial. A partir desta abordagem, a guia cirúrgica permite a colocação ideal dos implantes através de uma técnica cirúrgica sem necessidade de retalho, respeitando os critérios protéticos e anatómicos (Verstreken e cols, 1996; van Steenberghe e cols, 2005;  Marchack e Moy, 2014; Pozzi e cols, 2014).

Achados Clínicos

Paciente do género masculino, apresentava história médica relevante de displasia ectodérmica anidrótica. Tendo em conta a ausência total de dentes, durante toda a sua vida, estava interessado numa reabilitação fixa, que pudesse reabilitar toda a função mastigatória, fonética e estética.

Numa primeira observação clínica, foi possível avaliar a condição dos tecidos moles e estruturas adjacentes, sem qualquer sinal inflamatório ou infecioso, ou queixas associadas.

Fotografia 1 Caso clínico inicial. É possível observar a ausência de estruturas dentárias.

Cronograma

Primeira Consulta

Janeiro 2015

Paciente insatisfeito por ausência total de dentes superiores e inferiores;
Realização de exames complementares de diagnóstico;
Plano de tratamento: reabilitação superior e inferior através de prótese implanto-suportada com necessidade de elevação dos seio maxilares.

Tratamento

Março 2015

Cirurgia para elevação do seios maxilares, no 1º e 2º quadrantes

Setembro 2015

Colocação de 6 implantes superiores e 5 implantes inferiores;
Consulta de Higiene Oral;
Consulta de Oclusão;

Follow-up

Setembro e Outubro 2017

Observação e avaliação dos implantes e da reabilitação, com bons resultados estéticos e funcionais;
Planeamento da reabilitação definitiva superior e inferior.

Avaliação diagnóstica

Após avaliação clínica dos tecidos moles e tendo em conta a análise radiográfica da ortopantomografia e da tomografia computorizada, verificou-se disponibilidade óssea para a colocação de cinco implantes inferiores e seis implantes superiores, sendo necessário o procedimento cirúrgico para elevação do seio maxilar em ambos os quadrantes superiores visto que foi observada uma distância reduzida entre o rebordo do osso alveolar e o limite inferior da estrutura do seio maxilar.

Intervenção terapêutica

Tendo em conta o plano de tratamento realizado, numa primeira fase, foi realizada a cirurgia para elevação dos seios maxilares. Desta forma, através da abertura de um retalho mucoperiósteo, foi realizado o acesso ao seio maxilar, quer no 1º quadrante quer no 2º quadrante, segundo a técnica descrita por Tatum (1986) através de uma janela óssea na região anterior do seio maxilar, tendo sido feita a dissecação e elevação da membrana do pavimento sinusal e aplicação de enxerto ósseo (XenoGraft, Straumann®) e membrana reabsorvível de colagénio (Membrana FlexTM, Straumann®) que permitiu a regeneração óssea no espaço criado. Após cerca de seis meses, período de tempo necessário para que haja formação óssea, foi realizado então o procedimento cirúrgico para colocação de implantes, sob anestesia local.

Neste caso, todo o planeamento cirúrgico e protético da arcada superior foi realizado previamente através de uma abordagem digital, tratando-se assim de uma cirurgia totalmente guiada. Desta forma, foi realizada a impressão digital da arcada superior (3Shape TRIOS®) e de seguida o software (3Shape Implant Studio®) permitiu a avaliação e planeamento digital tridimensional, possibilitando a colocação ideal dos implantes na arcada. Este planeamento foi posteriormente transferido para o procedimento cirúrgico através da fabricação de uma guia cirúrgica (Ceramil Splintec Standard, Amanngirrbach®) composta por acessos metálicos que orientam a posição precisa para a colocação dos implantes, através de instrumentos específicos, e que melhora assim o perfil de emergência, colocada sobre a arcada e suportada pelos tecidos moles, sem necessidade de abertura de um retalho. Foi realizada então a colocação de seis implantes dentários (BLT SLActive®, Roxolid®, Loxim®, Straumann) na maxila e removida a guia cirúrgica.

Através desta técnica, foi possível pré-fabricar uma prótese que foi imediatamente colocada após a cirurgia.

Fotografia 2 Guia cirúrgica, com acesso para colocação de seis implantes superiores.

Fotografia 2 Guia cirúrgica, com acesso para colocação de seis implantes superiores.

Imagens 1 a 5 Planeamento e colocação digitais dos implantes BLT SLActive®, Roxolid®, Loxim®, Straumann, vista oclusal (3Shape Implant Studio®)

Imagens 6 a 10 Planeamento e colocação digitais dos implantes BLT SLActive®, Roxolid®, Loxim®, Straumann, vista sagital (3Shape Implant Studio®)

Seguimento e Resultados

Foi realizado o follow-up do caso após 2 semanas e após 1 mês, com estabilidade dos implantes e da reabilitação, com boa cicatrização e sem qualquer queixa associada, tendo sido atingidos os objetivos planeados.

Este tipo de reabilitação implanto-suportada é uma das opções possíveis no plano de tratamento de casos de pacientes edêntulos, sendo que neste caso clínico, foi utilizada uma técnica flapless totalmente guiada, que permitiu menos sintomas pós-operatórios e resultados funcionais e estéticos excelentes, recuperando a auto-estima do paciente.

Fotografia 4 Prótese total implanto-suportada previamente fabricada para colocação imediatamente após cirurgia.

Discussão

As displasias ectodérmicas apresentam-se como um grupo clinica e geneticamente heterogéneo, sendo que a sua variabilidade pode ser justificada pelo grau distinto de envolvimento de duas ou mais estruturas que derivam da ectoderme, causando o seu desenvolvimento anormal (Reed e cols, 1970; Nyhan, 1987; Larson, 1993; Neville,1995; Kupietzky e Houpt, 1995; Winter e Baraitser, 1996; Barbería e cols, 2006; El Osta e Chaiban, 2013; Neville e cols, 2008; Vallejo e cols, 2008;Sclar e cols, 2009; Hekmatfar e cols, 2012; Nandini, 2013; Koyuncuoglu e cols, 2014; National Foundation for Ectodermal Dysplasia, 2014; Kutkut e cols, 2015).

A expressão clínica da displasia ectodérmica varia, dependendo da síndrome específica, tendo sido definido por Friere-Maia (1977) a presença de pelo menos duas das seguintes manifestações: tricodisplasia, dentição anormal, oncodisplasia e disidrose (Neville, 1995; Megarbane e cols, 1998; El Osta e Chaiban, 2013). Esta é classificada em dois tipos, o tipo hipohidrótico em que as glândulas sudoríparas se encontram ausentes ou significativamente reduzidas, e o tipo hidrótico em que as mesmas se encontram no seu estado normal (Clauss e cols, 2008; Dellavia e cols, 2008; Sclar e cols, 2009; Nandini, 2013; Koyuncuoglu e cols, 2014; Kutkut e cols, 2015).

O tipo mais comum e severo de displasia ectodérmica é o denominado tipo anidrótico ou hipohidrótico, também conhecido por síndrome de Christ-Siemens-Tourraine, responsável por cerca de 80% dos casos, sendo que afeta com maior frequência o género masculino e com maior gravidade o género feminino. O diagnóstico clínico definitivo desta síndrome é realizado através de biópsia cutânea, mostrando um aspeto histopatológico característico (Norval e Van Wyk, 1988; Guckes e cols, 2002; Barbería e cols, 2006; Hekmatfar e cols, 2012; Koyuncuoglu e cols, 2014; Kutkut e cols, 2015).

Na displasia ectodérmica anidrótica está presente a agenesia dentária, hipodontia ou oligodontia, provocada por anodontia, e os dentes presentes frequentemente apresentam malformação, manifestando-se como dentes cónicos (Nyhan, 1987; Norval e Van Wyk, 1988; Kearns e cols, 1999; Barbería e cols, 2006; Hekmatfar e cols, 2012; Koyuncuoglu e cols, 2014; National Foundation for Ectodermal dysplasia, 2014; Kutkut e cols, 2015). Consequentemente à ausência dentária, existe um desenvolvimento da crista óssea alveolar inferior, provocando uma reduzida dimensão vertical de oclusão, sendo observada uma relação intermaxilar classe III (Guckes e cols, 2002; Hekmatfar e cols, 2012; Koyuncuoglu e cols, 2014; Kutkut e cols, 2015).

A reabilitação de pacientes com displasia ectodérmica é um desafio, mas é necessária de forma a melhorar a relação esquelética, estética, fonética e mastigação, apresentando também uma componente sócio-psicológica fundamental (Ramos e cols, 1995; Tarjan e cols, 2005; Vallejo e cols, 2008; Hekmatfar e cols, 2012; Singh e cols, 2012; El Osta e Chaiban, 2013; Nandini, 2013).

O plano de tratamento mais comum inclui a reabilitação através de próteses removíveis, tendo em conta que a distribuição irregular e a forma anormal dos dentes presentes podem impedir a reabilitação com coroas e pontes (Pigno e cols, 1996;Patel, 2002; Nunn e cols, 2003; Yenisey e cols, 2004; Vallejo e cols, 2008; Bhargava e cols, 2010; Gupta e Tyagi, 2011; Hekmatfar e cols, 2012; Ladda e cols, 2013; Nallanchakrava, 2013; Nandini, 2013; Koyuncuoglu e cols, 2014; Kutkut e cols, 2015).

No entanto, a abordagem através de próteses implanto-suportadas é sugerida como ideal em indivíduos com mais de 12 anos de idade, tratando-se de uma alternativa que permite o suporte, estabilidade e retenção protéticos (Guckes e cols, 1991; Guckes e cols, 2002; Imirzalioglu e cols, 2002; Rashedi, 2003; Sweeney e cols, 2005; Kramer e cols, 2009; Grecchi e cols, 2010; D’Ambrosio e cols, 2011; Hekmaftar e cols, 2012; Koyuncuoglu e cols, 2014). Nos casos em que esta alternativa fixa é indicada, o principal problema é a disponibilidade óssea reduzida, pelo que a colocação de implantes terá que ser realizada com a aplicação adicional de enxerto ósseo, sendo que, em determinados casos, poderá também ser necessário realizar o procedimento cirúrgico para elevação dos seios maxilares (Guckes e cols, 1991; Imirzalioglu e cols, 2002; Worsaae e cols, 2007; Lypka e cols, 2008; Sclar e cols, 2009; Baya e cols, 2011; Hekmatfar e cols, 2012; Kutkut e cols, 2015). Além disto, consequente à perda óssea, poderá ser observado um reduzido volume de tecidos moles, pelo que a aplicação de enxertos de tecidos moles poderá ser necessária, tais como enxerto gengival livre ou de tecido conjuntivo, permitindo a estabilidade dos tecidos peri-implantares e um contorno mais estético dos mesmos (Sclar, 2003; Salinas e cols, 2005; Clauss e cols, 2008; Sclar e cols, 2009).

A taxa de sobrevivência de implantes em casos de displasia ectodérmica foi descrita por Guckes e cols (2002), com taxas de 91% para a mandíbula e de 76% para a maxila (Kutkut e cols, 2015).

Os implantes dentários não são, no entanto, o tratamento comum para crianças e adolescentes com anodontia, visto que os mesmos não acompanham o crescimento maxilar e, portanto, tornam-se semelhantes a dentes anquilosados ​​(Op Heij e cols., 2003; Rossi e Andreasen, 2003; Nandini, 2013; Kutkut e cols, 2015). Segundo o estudo de Bergendal e cols (2008), em adolescentes que apresentavam anodontia associada à presença de displasia ectodérmica, foi observada uma taxa de falha implantar superior, justificada pelo subdesenvolvimento maxilar e pela insuficiente disponibilidade e qualidade ósseas (Kutkut e cols, 2015).

No entanto, implantes osteointegrados representam uma alternativa de tratamento em relação a prótese removível convencional, na reabilitação de pacientes com displasia ectodérmica, apresentando uma grande melhoria no prognóstico a longo prazo (Davarpanah e cols, 1997; Rad e cols, 2007; Kutkut e cols, 2015).

A colocação de implantes através de guia cirúrgica apresenta várias vantagens tais como tempos de tratamento e cirúrgico inferiores, tratando-se de um método menos invasivo permitindo a redução de edema e do desconforto pós-operatório bem como um tempo de cicatrização mais rápido. Através de um abordagem cirúrgica totalmente guiada é possível ter uma reabilitação fixa imediata, fabricada previamente à cirurgia (Azari e cols, 2008; Abbo, 2009).

Num ensaio clínico aleatorizado de Pozzi e cols (2014), no qual foi realizada a comparação entre a colocação de implantes através de guia cirúrgica e sem guia, com técnica flapless e carga imediata, foi demonstrado que ambas as técnicas, com e sem recurso à utilização de guia cirúrgica, atingiram os objetivos planeados, sem diferenças estatisticamente significativas entre ambas, exceto no desconforto pós-operatório através da técnica convencional não guiada cirurgicamente (Pozzi e cols, 2014).

Assim, ao analisar com precisão as imagens radiográficas da tomografia computorizada e através de um procedimento cirúrgico totalmente guiado, poderá ser conseguida uma diminuição do possível comprometimento a nível das estruturas anatómicas e atingir vantagens relacionadas com a estética e função (van Steenberghe e cols, 2005; Sanna e cols, 2007; Azari e cols, 2008; Hultin e cols, 2012).

As anomalias dentárias têm sido descritas na literatura como manifestações associadas a diversas síndromes, sendo, em muitos casos, a reabilitação sobre implantes a opção ideal (McKusick, 1988; Schalk-van der Weid e cols, 1992; Stimson e cols, 1997; Goldenberg e cols, 2000; Lucas, 2000; Shashikiran e cols, 2002; Barbería e cols, 2006).

No caso clínico descrito, foram colocados seis implantes superiores e cinco implantes inferiores com próteses totais suportadas pelos mesmos. Foi realizada previamente a cirurgia para elevação do seio maxilar em ambos os quadrantes superiores para que fosse possível a colocação dos implantes nesta zona. No maxilar superior, a cirurgia foi totalmente guiada, tendo sido previamente planeada a colocação dos implantes e a reabilitação foi desenhada e fabricada previamente ao ato cirúrgico.

Desta forma, o paciente recuperou os objetivos planeados funcionais, relativamente à mastigação e fonética, e estéticos.

Fotografias 5.1 e 5.2 Caso clínico inicial e final, com colocação da reabilitação total sobre implantes.

Referências Bibliográficas

Abbo B. (2009). Fixed complete denture using implants and computer-guided technology. Dentistry Today. 28(6): 88–93.

Brunski JB. (1992). Biomechanical factors affecting the bone-dental implant interface. Clin Mater. 10:152-201.

Tashkandi E.A., Lang B.R. e Edge M.J. (1996). Analysis of strain at selected bone sites of a cantilevered implant-supported prosthesis. J Prosthet Dent. 76:158-164.

Akca K., Iplikcioglu H., Cehreli M.C. (2002). A surgical guide for accurate mesiodistal paralleling of implants in the posterior edentulous mandible. J Prosthet Dent. 87:233-235.

Ku Y.C. e Shen Y.F. (2000). Fabrication of a radiographic and surgical stent for implants with a vacuum former. J Prosthet Dent. 83:252-253.

Solow R.A. (2001). Simplified radiographic-surgical template for placement of multiple, parallel implants. J Prosthet Dent. 85:26-29.

Neidlinger J., Lilien B.A. e Kalant D.C. (1993). Surgical implant stent: a design modification and simplified fabrication technique. J Prosthet Dent. 69:70-72.

Adrian E.D., Ivanhoe J.R. e Krantz W.A. (1992). Trajectory surgical guide stent for implant placement. J Prosthet Dent. 67:687-691.

Shotwell J.L., Billy E.J., Wang H.L. e cols. (2005). Implant surgical guide fabrication for partially edentulous patients. J Prosthet Dent. 93:294-297.

Gher M.E. e Richardson A.C. (1995). The accuracy of dental radiographic techniques used for evaluation of implant fixture placement. Int J Periodontics Restorative Dent. 15:268-283.

Andersson J.E. e Svartz K. (1988). CT-scanning in the preoperative planning of osseointegrated implants in the maxilla. Int J Oral Maxillofac Surg. 17:33-35.

Jacobs R., Adriansens A., Naert I. e cols. (1999). Predictability of reformatted computed tomography for pre-operative planning of endosseous implants. Dentomaxillofac Radiol. 28:37-41.

Allum S.R. (2008). Immediately loaded full-arch provisional implant restorations using CAD/CAM and guided placement: Maxillary and mandibular case reports. British Dental Journal. 204(7): 377–381.

Branemark P-I., Hansson B.O., Adell R. e cols. (1977). Osseointegrated implants in the treatment of the edentulous jaw. Experience from a 10-Year Period. Scand J Plast Reconstr Surg.16:1-132.

Jokstad A. e Carr A.B. (2007). What is the effect on outcomes of time-to-loading of a fixed or removable prosthesis placed on implant(s)?. Int J Oral Maxillofac Implants. 22:19-48.

Szmukler-Moncler S., Salama H., Reingerwirtz Y. e Dubruille J.H. (1998). Timing of loading and effect of micromotion on bone-dental implant interface: review of experimental literature. J Biomed Mater Res. 43:192-203.

Misch C.E, Hahn J., Judy K.W., Lemons J.E., Linkow L.I. e cols. (2004). Immediate function concensus conference. Workshop guidelines on immediate loading in implant dentistry. J Oral Implantol. 30: 283-288.

Papaspyridakos P., Chen C.J., Chuang S.K. e Weber H.P. (2014). Implant Loading Protocols for Edentulous Patients with Fixed Prostheses: A Systematic Review and Meta-Analysis. The International Journal of Oral and Maxillofacial Implants, 29: 256–270.

Gallucci G.O., Morton D. e Weber H.P. (2009). Loading protocols for dental implants in edentulous patients. Int J Oral Maxillofac Implants. 24:132–146.

Papaspyridakos P., Chen C.J., Chuang S.K., Weber H.P. e Gallucci G.O. (2012). A systematic review of biologic and technical complications with fixed implant rehabilitations for edentulous patients. Int J Oral Maxillofac Implants 27:102–110.

Hultin M., Svensson K.G. e Trulsson M. (2012). Clinical advantages of computer-guided implant placement: A systematic review. Clinical Oral Implants Research. 23(6): 124–135.

Albrektsson T., Dahl E., Enbom L., Engevall S., Engquist B., Eriksson A.R., Feldmann G., Freiberg N., Glantz P.O., Kjellman O. e cols. (1988). Osseointegrated oral implants. A Swedish multi-center study of 8139 consecutively inserted Nobel Pharma implants. Journal of Periodontology 59: 287–296.

Arisan V., Karabuda C.Z. e Ozdemir T. (2010). Implant surgery using bone- and mucosa- supported stereolithographic guides in totally edentulous jaws: surgical and post-operative outcomes of computer-aided vs. standard techniques. Clinical Oral Implants Research. 21: 980–988.

Lekholm U., Gunne J., Henry P., Higuchi K., Linde´n U., Bergstro¨m C. e van Steenberghe D. (1999). Survival of the Branemark implant in partially edentulous jaws: a 10-year prospective multicenter study. International Journal of Oral and Maxillofacial Implants. 14: 639–645.

Ekelund J.A., Lindquist L.W., Carlsson G.E. e Jemt T. (2003). Implant treatment in the edentulous mandible: a prospective study on Branemark system implants over more than 20 years. The International Journal of Prosthodontics. 16: 602–608.

Nkenke E., Eitner S., Radespiel-Troger M., Vairaktaris E., Neukam F.W. e Fenner M. (2007). Patient-centred outcomes comparing transmucosal implant placement with an open approach in the maxilla: a prospective, non-randomized pilot study. Clinical Oral Implants Research. 18: 197–203.

Pjetursson B.E., Tan K., Lang N.P., Bragger U., Egger M. e Zwahlen M. (2004). A systematic review of the survival and complication rates of fixed partial dentures (FPDs) after an observation period of at least 5 years. Clinical Oral Implants Research. 15: 625–642.

Jemt T. e Johansson J. (2006). Implant treatment in the edentulous maxillae: a 15-year follow-up study on 76 consecutive patients provided with fixed prostheses. Clinical Implant Dentistry and Related Research. 8:61–69.

Jung R.E., Schneider D., Ganeles J., Wismeijer D., Zwahlen M., Hammerle C.H. e Tahmaseb A. (2009). Computer technology applications in surgical implant dentistry: a systematic review. International Journal of Oral and Maxillofacial Implants. 24:92–109.

Romanos G., Froum S., Hery C., Cho S.C. e Tarnow D. (2010). Survival rate of immediately vs delayed loaded implants: analysis of the current literature. Journal of Oral Implantology. 36: 315–324.

Sanna A., Molly M.L. e van Steenberghe D. (2007). Immediately loaded CAD-CAM manufactured fixed complete dentures using flapless implant placement procedures: a cohort study of consecutive patients. Journal of Prosthetic Dentistry. 97: 331–339.

Schneider D., Marquardt P., Zwahlen M. e Jung R.E. (2009). A systematic review on the accuracy and the clinical outcome of computer-guided template-based implant dentistry. Clinical Oral Implants Research. 20(4): 73–86.

van Steenberghe D., Glauser R., Blomback U., Andersson M., Schutyser F., Pettersson A. e Wendelhag I. (2005). A computed tomographic scan-derived customized surgical template and fixed prosthesis for flapless surgery and immediate loading of implants in fully edentulous maxillae: a prospective multicenter study. Clinical Implant Dentistry and Related Research. 7(1): 111–120.

D’haese J., Van De Velde T., Komiyama A., Hultin M. e De Bruyn H. (2012). Accuracy and complications using computer-designed stereolithographic surgical guides for oral rehabilitation by means of dental Implants: a review of the literature. Clinical Implant Dentistry and Related Research. 14: 321–335.

Fortin T., Bosson J.L., Isidori M. e Blanchet E. (2006). Effect of fapless surgery on pain experienced in implant placement using an image-guided system. International Journal of Oral and Maxillofacial Implants. 21: 298–304.

Azari A., Nikzad S. and Kabiri A. (2008). Using computer-guided implantology in flapless implant surgery of a maxilla: A clinical report. Journal of Oral Rehabilitation, 35(9): 690–694.

Rocci A., Martignoni M. e Gottlow J. (2003). Immediate loading in the maxilla using flapless surgery, implants placed in predetermined positions, and prefabricated provisional restorations: a retrospective 3-year clinical study. Clin Implant Dent Relat Res. 5:29–36.

Rocci A., Martignoni M. e Gottlow J. (2003). Immediate loading of Branemark System TiUnite and machined-surface implants in the posterior mandible: a randomized open-ended clinical trial. Clin Implant Dent Relat Res. 5(1):57–63.

Tardieu P.B., Vrielinck L. e Escolano E. (2003). Computer-assisted implant placement. A case report: treatment of the mandible. Int J Oral Maxillofac Implants. 18:599–604.

Basten C.H. (1995). The use of radiopaque templates for predictable implant placement. Quintessence Int. 26:609–612.

Marchack C.B. e Moy, P.K. (2014). Computed tomography-based, template-guided implant placement and immediate loading: An 8-year clinical report. Journal of Prosthetic Dentistry. 112(6):1319–1323.

Pozzi A., Tallarico M., Marchetti M., Scarfò B. e Esposito M. (2014). Computer-guided versus free-hand placement of immediately loaded dental implants: 1-year post-loading results of a multicentre randomised controlled trial. Eur J Oral Implantol, 7(3): 229–242.

Verstreken K., Van Cleynenbreugel J., Marchal G., Naert I., Suetens P., van Steenberghe D. (1996). Computer-assisted planning of oral implant surgery: a three-dimensional approach. Int J Oral Maxillofac Implants. 11:806–810.

Tatum H .Jr. (1986). Maxillary and sinus implant reconstruction. Dental Clinics ofNorth America. 30: 207-229.

Barbería E., Saavedra D., Arenas M. e Maroto M. (2006). Multiple agenesis and anhidrotic ectodermal dysplasia: a comparative longitudinal study of dental similarities and genetic differences in two groups of children. European Journal of Paediatric Dentistry. 7(3): 113–121.

Reed W.B., López M.C. e Landing B. (1970). Clinical Spectrum of Anhidrotic Ectodermal Dysplasia. Arch Derm. 102: 134-43.

Winter R.M. e Baraitser M. (1996). Dysmorpholgy and neurogenetics. Oxford Medical databases. CD-Room sp ed. V1.0.

Kupietzky A. e Houpt M. (1995). Hypohidrotic ectodermal dysplasia: Characteristics and treatment. Quintessence Int. 26: 285- 91.

Norval E.J.G. e Van Wyk C.W. (1988). Hypohidrotic ectodermal dysplasia: a genealogic, stereomicroscope, and scanning electron microscope study. Pediatr Dermatol. 5: 159-66.

Schalk-van der Weide Y., Steen W.H. e Bosman F. (1992). Distribution of missing teeth and tooth morphology in patients with oligodontia. ASDC J Dent Child. 59 (2):133-40.

McKusick V. (1988). Lateral Incisors, absence of. In: McKusick editor. Mendelian Inheritance in Man. 8th edition. London: The Johns Hopkins Press Ltd. 15040.

Stimson J.M., Sivers J.E. e Hlava F.L. (1997). Features of oligodontia on three generations. J Clin Pediatr Dent. 21(3) 269-75.

Shashikiran N.D., Karthik V. e Subbareddy V.V. (2002). Multiple congenitally missing primary teeth: report of a case. Pediatr Dent. 24(2): 149-51.

Lucas J. (2000). The syndromic tooth: The aetiology, prevalence, presentation and evaluation of hypodontia in children with syndromes. Ann R Australas Coll Dent Surg. 15:211-7.

Goldemberg M., Das P., Messersmith M., Stockton D.W., Patel P.I. e D’Souza R.N. (2000). Clinical, radiographic and genetic evaluation of a novel form of autosomal dominant oligodontia. J Dent Res. 79(7): 1469-75.

El Osta Chaiban R. e Chaiban W. (2013). Ectodermal dysplasia: Dental management and benefits, a case report. European Journal of Paediatric Dentistry. 12(4): 282–284.

Friere-Maia N. (1977). Ec!odermal dysplasias revisited. Acta Genet Med Gemello. 26(2):121-13l.

Larsen W.J. (1993). Human Embryology. New York: Churchill Livingston. pp888.

Megarbane A., Noujeim Z., Fabre M. e Der Kaloustian. (1998). New form of hydrotic ectodermal dysplasia in a Lebanese family. Am J Me Genetics. 75:196-199.

Neville B.W. (1995). Oral and Maxillofacial Pathology. Philadelphia: Saunders. 542-543.

Hekmatfar S., Jafari K., Meshki R. e Badakhsh S. (2012). Dental management of ectodermal dysplasia: two clinical case reports. Journal of Dental Research, Dental Clinics, Dental Prospects. 6(3): 108–12.

Kutkut A., Abu-Eid R., Sharab L., Abadi B. e Van Sickels J. (2015). Full Mouth Implant-supported Rehabilitation of a Patient with Ectodermal Dysplasia: Clinical Report and Literature Review. Journal of the International Academy of Periodontology. 17(2): 34–41.

Nandini Y. (2013). Prosthodontic management of a patient with Gardner. Journal of the College of Physicians and Surgeons Pakistan. 23(12): 899–901.

Sclar A.G., Kannikal J., Ferreira C.F., Kaltman S.I. r Parker W.B. (2009). Treatment Planning and Surgical Considerations in Implant Therapy for Patients With Agenesis, Oligodontia, and Ectodermal Dysplasia: Review and Case Presentation. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery. 67(11): 2–12.

Koyuncuoglu C.Z., Metin S., Saylan I., Calısir K., Tuncer O. e Kantarci A. (2014). Full-Mouth Rehabilitation of a Patient With Ectodermal Dysplasia With Dental Implants. Journal of Oral Implantology. 40(6): 714–721.

Neville B., Damm D., Allen C. e Bouquot J. (2008). Oral and Maxillofacial Pathology. 3rd ed. Philadelphia: W.B. Saunders.

Tarjan I., Gabris K. e Rozsa N. (2005). Early prosthetic treatment of patients with ectodermal dysplasia: a clinical report. J Prosthet Dent. 93:419-24.

Imirzalioglu P., Uckan S. e Haydar S.G. (2002). Surgical and prosthodontic treatment alternatives for children and adolescents with ectodermal dysplasia: a clinical report. J Prosthet Dent. 88:569-72.

Kearns G., Sharma A., Perrott D., Schmidt B., Kaban L. e Vargervik K. (1999). Placement of endosseous implants in children and adolescents with hereditary ectodermal dysplasia. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 88:5-10.

Ramos V., Giebink D.L., Fisher J.G. e Christensen L.C. (1995). Complete dentures for a child with hypohidrotic ectodermal dys- plasia: a clinical report. J Prosthet Dent. 74:329-31.

Guckes A.D., Scurria M.S., King T.S., McCarthy G.R. e Brahim J.S. (2002). Prospective clinical trial of dental implants in persons with ectodermal dysplasia. J Prosthet Dent. 88:21–25.

Kramer F.J., Baethge C. e Tschernitschek H. (2007). Implants in children with ectodermal dysplasia: a case report and literature review. Clin Oral Implants Res. 18:140–146.

Nunn J.H., Carter N.E., Gillgrass T.J., Hobson R.S., Jepson N.J. e Nohl F.S. (2003). The interdisciplinary management of hypodontia: background and role of paediatric dentistry. Br Dent J. 194: 245–251.

Rashedi B. (2003). Prosthodontic treatment with fixed prosthesis for a patient with ectodermal dysplasia: a clinical report. J Prosthodont. 12:198–201.

Guckes A.D., Brahim J.S., McCarthy G.R., Rudy S.F. e Cooper L.F. (1991). Using endosseous implants for patients with ectodermal dysplasia. J Am Dent Assoc. 122:59–62.

Sweeney I.P., Ferguson J.W., Heggie A.A. e Lucas J.O. (2005). Treatment outcomes for adolescent ectodermal dysplasia patients treated with dental implants. Int J Paediatr Dent. 15:241–248.

Grecchi F., Zingari F., Bianco R., Zollino I., Casadio C. e Carinci F. (2010). Implant rehabilitation in grafted and native bone in patients affected by ectodermal dysplasia: evaluation of 78 implants inserted in 8 patients. Implant Dent. 19:400–408.

D’Ambrosio A., Cioffi A., Cirillo A. e Sammartino G. (2011). Immediate loading in ectodermal dysplasia: clinical case. J Oral Maxillofac Surg. 69:2351–2356.

Bhargava A., Sharma A., Popli S. e Bhargava R. (2010). Prosthodontic management of a child with ectodermal dysplasia: a case report. Journal of Indian Prosthodontic Society. 10:137-140.

Bayat M., Khobyari M.M., Dalband M. e Momen-Heravi F. (2011). Full mouth implant rehabilitation of a patient with ectodermal dysplasia after orthognathic surgery, sinus and ridge augmentation: a clinical report. Journal of Advanced Prosthodontics. 3:96-100.

Bergendal B., Ekman A. e Nilsson P. (2008). Implant failure in young children with ectodermal dysplasia: a retrospec- tive evaluation of use and outcome of dental implant treatment in children in Sweden. International Journal of Oral and Maxillofacial Implants. 23:520-524.

Davarpanah M., Moon J.W., Yang L.R., Celletti R. e Martínez H. (1997). Dental implants in the oral rehabilitation of a teenager with hypohidrotic ectodermal dysplasia: report of a case. International Journal of Oral and Maxillofacial Implants. 12:252-258.

Gupta S. e Tyagi P. (2011). Prosthodontic management of anhidrotic ectodermal dysplasia. Indian Jourdan of Dental Research. 22:348-351.

Ladda R., Gangadhar S., Kasat V. e Bhandari A. (2013). Prosthodontic management of hypohidrotic ectodermal dysplasia with anodontia: a case report in pediatric patient and review of literature. Annals of Medical and Health Sciences Research.  3:277-281.

Nallanchakrava S. (2013). Oral rehabilitation of a patient with ectodermal dysplasia with prosthodontics treatment. Indian Journal of Dermatology. 58:241.

National Foundation for Ectodermal Dysplasia 2014. Available from: http://www.nfed.org/.

Nyhan WL. (1987). Diagnostic Recognition of Genetic Disease. 1 ed. Lea and Febiger, Philadelphia.

Op Heij D.G., Opdebeeck H., van Steenberghe D. e Quirynen M. (2003). Age as compromising factor for implant insertion. Periodontology 2000. 33:172-184.

Patel M.I. (2002). Prosthodontic rehabilitation of a patient with partial anodontia: a clinical report. Journal of Prosthetic Dentistry. 88:132-134.

Pigno M.A., Blackman R.B., Cronin R.J.Jr. e Cavazos E. (1996). Prosthodontic management of ectodermal dysplasia: a review of the literature. Journal of Prosthetic Dentistry. 76:541-545.

Rad A.S., Siadat H., Monzavi A. e Mangoli A.A. (2007). Full mouth rehabilitation of a hypohidrotic ectodermal dysplasia patient with dental implants: a clinical report. Journal of Prosthodontics. 16:209-213.

Rossi E. e Andreasen J.O. (2003). Maxillary bone growth and implant positioning in a young patient: a case report. International Journal of Periodontics and Restorative Dentistry. 23:113-119.

Yenisey M., Guler A. e Unal U. (2004). Orthodontic and prosthodontic treatment of ectodermal dysplasia – a case report. British Dental Journal. 196:677-679.

Vallejo A.P., Monje E.L.A., Garcia M.G., Fernandez M.M. e Buylla F.B.M.A. (2008). Treatment with removable prosthesis in hypohidrotic ectodermal dysplasia: a clinical case. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 13:119-23.

Singh G., Kapoor A., Sharma V. e Dhameja M. (2012). Ectodermal dysplasia: a case report. Indian J Stomatol. 3:187-9.

Clauss F., Manière M.C., Obry F. e  cols: (2008). Dento-craniofacial phenotypes and underlying molecular mechanisms in hypohidrotic ectodermal dysplasia (HED): A review. J Dent Res 87:1089.

Dellavia C., Catti F., Grandi G. e cols (2008). Non-invasive longitudinal assessment of facial growth in children and adolescents with hypohidrotic ectodermal dysplasia. Eur J Oral Sci. 116:305.

Worsaae N., Jensen B.N., Holm B. e cols. (2007). Treatment of severe hypodontia-oligodontia — An interdisciplinary concept. Int J Oral Maxillofac Surg. 36:473.

Salinas T.J., Sheridan P.J., Castellon P. e cols. (2005). Treatment planning for multiunit restorations — The use of diagnostic planning to predict implant and esthetic results in patients with congenitally missing teeth. J Oral Maxillofac Surg. (2): 63;45.

Guckes A.D., Brahim J.S., McCarthy G.R. e cols. (1991). Using endosseous dental implants for ectodermal dysplasia. J Am Dent Assoc. 122:59.

Lypka M., Yarmand D., Burstein J. e cols. (2008). Dental implant recon- struction in a patient with ectodermal dysplasia using multiple bone grafting techniques. J Oral Maxillofac Surg. 66:1241.

Sclar A.G. (2003). Subepithelial Connective Tissue Graft Technique for Dental Implants in Soft Tissue and Esthetic Considerations in Implant Therapy. Hanover Park, IL, Quintessence. 141-161

Langer B. e Calagna L. (1980). The subepithelial connective tissue graft. J Prosthet Dent. 44:363.