
10 Dez Ainda mais humano
Lembre-se sempre: ‘Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade’, art.1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O dia mundial dos Direitos Humanos é celebrado todos os anos no dia 10 de Dezembro. Comemora-se o dia em que, em 1948, a ONU aprovou a Declaração dos Direitos Humanos.
Este documento serviu como base para os direitos humanos em todo o mundo. Foi um marco crucial que representou uma mudança na direção para onde as guerras mundiais e o colonialismo nos tinham levado.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi considerado o documento mais traduzido da história moderna. Está disponível em mais de 360 línguas, e novas traduções ainda estão em fase de elaboração.
Este dia tão importante é uma chamada de atenção para que nunca nos esqueçamos de valorizar aquilo que já foi alcançado no campo dos Direitos Humanos, mas que muito ainda está por construir. É responsabilidade de todos nós defender os direitos humanos e fazer parte deste caminho para a mudança.
Para se inspirar e informar, deixo-lhe 3 filmes/documentários marcantes, que, cada um à sua maneira, mostram que pelo mundo ainda se vive uma luta desenfreada pelos direitos humanos:
- What Tomorrow Brings
Foi filmado numa aldeia no Afeganistão, ‘What Tomorrow Brings’ conta a história de professores e estudantes numa escola chamada Zabuli, a primeira escola que permite a educação legal das raparigas da aldeia. Gravado 12 anos depois dos EUA invadirem o Afeganistão e declararem guerra contra os talibãs, o filme do diretor Beth Murphy segue a vidas das raparigas e das professoras. O filme também mostra como o fundamentalismo está a marcar esta região, tornando o futuro da escola e das estudantes muito incerto.
- Call Me Kuchu
Filmado por Katherine Fairfax Wright and Malika Zouhali-Worrall, este documentario conta a história de David Kato, o primeiro homem do Uganda que se assumiu gay. O filme mostra como Kato corajosamente enfrentou os perigos do seu gesto e o orgulho que sente e dá-nos uma visão do ativismo que se está a desenvolver em África, na luta pela igualdade, mesmo enfrentando tantos obstáculos.
- Private Violence
Questiona o discurso aceitável sobre a violência doméstica. Demostra a força de duas mulheres que sobreviveram a este tipo de violência e defendem a justiça explorando o facto de que o sítio mais perigoso para uma mulher, por vezes é a sua própria casa.